Desenvolvimento pré-natal

Antigamente só se falava da criança após o seu nascimento, mas, hoje, já há a preocupação com ela desde que há a concepção, isto é, 270 dias antes.

Período germinal - da concepção aos quinze primeiros dias.

Período embriónico - dos 15 dias ao segundo mês

Período fetal - do segundo mês até ao nascimento

 

Influência pré-natal

 

“Com a evolução do pensamento humano, a visão geral sobre o feto como criatura passiva, dependente, que vive em estado nirvânico, como um vegetal, e o útero como lugar silencioso, sereno e totalmente isolado, foi sendo modificado.”

Souza-Dias, 1996

    Pesquisas recentes sugerem que a saúde física e emocional da mãe pode afectar o desenvolvimento fetal. Dado que o sangue do feto é o mesmo que o da mãe, o regime alimentar e a saúde materna influencia o desenvolvimento do corpo e do cérebro do bebé. A subnutrição pode ter como consequência um retardamento no desenvolvimento cerebral e, portanto, futuras limitações mentais.

  • Certas doenças da mãe – diabetes, sífilis, toxoplasmose, rubéola, sida, etc. – podem determinar perturbações físicas e/ou mentais na criança.
  • Os produtos químicos – por exemplo, medicamentos ingeridos pela mãe - ao serem incorporados na corrente sanguínea, podem afectar de diferentes maneiras o desenvolvimento da criança. São conhecidas as deformações físicas (criança sem braços ou sem pernas) produzidas por um tranquilizante usado pelas grávidas na década de 50 – a talidomida.
  • Os bebés de mães toxicodependentes (em heroína e cocaína, por exemplo) podem tornar-se dependentes de droga ainda no útero materno, apresentando, ao nascer, sintomas de carência: irritabilidade, inquietação, vómitos, convulsões, insónias.
  • A ingestão de álcool em quantidade, durante a gravidez, pode provocar o que se designa por síndroma alcoólica fetal: problemas de coordenação motora, distorções nas articulações, anomalias faciais, inteligência subnormal…

    O estado emocional da mãe também pode ser um elemento perturbador. Sabe-se hoje que, quando a mãe vive uma crise emocional grave, os movimentos do feto aumentam muito significativamente. Estudos de correlação sugerem que os bebés, cujas mães viveram situações de grande stress durante a gravidez, apresentam grande instabilidade e excesso de choro, durante a primeira infância.